Nando Reis A Menina E O Passarinho Lyrics
A Menina E O Passarinho by Nando Reis
[Verso 1]
Nosso amor começou certo dia no banco da praça
Eu a vi segurando um caderno, sentada com graça
Meu olhar encontrou seu olhar mirando um passarinho
Machucado, ferido, sangrando, fora do seu ninho
Ela levantou e se aproximou da pequenina ave
Que tentava em vão atingir o alto de sua árvore
Foi então que a vi derrubar um modesto lencinho
Que depressa apanhei e tentei lhe entregar com carinho
[Refrão]
Mas eu pensei que o amor só fosse alegria
Nunca imaginava que amando
Fosse infeliz algum dia
[Verso 2]
Percebi que o lencinho da moça estava molhado
E eram lágrimas que escorriam de seu rosto pálido
Condoído tentei lhe falar, mas minha voz não saía
Em minha vida inteira, jamais moça tão linda eu vira
Estendi minha mão para o lenço à donzela entregar
Mas senti sua mão muito fria como se ela fosse desmaiar
Eu depressa peguei a mocinha e carreguei-a em meu colo
E, sem querer, esmaguei o bichinho que estava ferido no solo
[Refrão]
Mas eu pensei que o amor só fosse alegria
Nunca imaginava que amando
Fosse infeliz algum dia
[Verso 3]
Sem saber o que eu iria fazer, continuei caminhando
A boneca em meus braços caída e eu apaixonando
Eis que então um garoto de mim se aproxima correndo
"Ela é minha irmã e está muito doente," ele foi logo dizendo
Me pediu que levasse a maninha em sua moradia
"Minha mãe já morreu, o meu pai se mandou, moramos com uma tia"
Logo chegamos e assim que adentrei à singela casinha
No sofá, estendi com cuidado a minha doce princesinha
Mandei o garoto chamar de imediato um doutor da cidade
Enquanto a tia chorando agradecia a minha caridade
O doutor logo assim que adentrou, a sua testa franzia
E ao sair ainda me cochichou: "Ela só tem poucos dias"
Já era noite e eu tinha que deixar a formosa donzela
Da calçada, ainda olhei a menina através da janela
No portão, entreguei ao irmão o meu endereço
"Precisamos curar a menina seja qual for o preço"
[Refrão]
Mas eu pensei que o amor só fosse alegria
Nunca imaginava que amando
Fosse infeliz algum dia
[Verso 4]
Passei os dias indo visitar a minha flor mais doente
Meu coração, cada vez que a via, queimava mais que aguardente
Nem com remédio nem medicamento a menininha melhorava
Cada vez que a pequena me via, de tanto chorar os seus olhos inchavam
Mas foi numa manhã quando eu ia saindo que o irmão trouxe a notícia
A menina já estava morrendo, era pra eu ir com urgência
Cheguei correndo e a pobre ao me ver falou em seu último suspiro
"Nosso amor só está começando agora que eu me retiro"
Nosso amor começou certo dia no banco da praça
Eu a vi segurando um caderno, sentada com graça
Meu olhar encontrou seu olhar mirando um passarinho
Machucado, ferido, sangrando, fora do seu ninho
Ela levantou e se aproximou da pequenina ave
Que tentava em vão atingir o alto de sua árvore
Foi então que a vi derrubar um modesto lencinho
Que depressa apanhei e tentei lhe entregar com carinho
[Refrão]
Mas eu pensei que o amor só fosse alegria
Nunca imaginava que amando
Fosse infeliz algum dia
[Verso 2]
Percebi que o lencinho da moça estava molhado
E eram lágrimas que escorriam de seu rosto pálido
Condoído tentei lhe falar, mas minha voz não saía
Em minha vida inteira, jamais moça tão linda eu vira
Estendi minha mão para o lenço à donzela entregar
Mas senti sua mão muito fria como se ela fosse desmaiar
Eu depressa peguei a mocinha e carreguei-a em meu colo
E, sem querer, esmaguei o bichinho que estava ferido no solo
[Refrão]
Mas eu pensei que o amor só fosse alegria
Nunca imaginava que amando
Fosse infeliz algum dia
[Verso 3]
Sem saber o que eu iria fazer, continuei caminhando
A boneca em meus braços caída e eu apaixonando
Eis que então um garoto de mim se aproxima correndo
"Ela é minha irmã e está muito doente," ele foi logo dizendo
Me pediu que levasse a maninha em sua moradia
"Minha mãe já morreu, o meu pai se mandou, moramos com uma tia"
Logo chegamos e assim que adentrei à singela casinha
No sofá, estendi com cuidado a minha doce princesinha
Mandei o garoto chamar de imediato um doutor da cidade
Enquanto a tia chorando agradecia a minha caridade
O doutor logo assim que adentrou, a sua testa franzia
E ao sair ainda me cochichou: "Ela só tem poucos dias"
Já era noite e eu tinha que deixar a formosa donzela
Da calçada, ainda olhei a menina através da janela
No portão, entreguei ao irmão o meu endereço
"Precisamos curar a menina seja qual for o preço"
[Refrão]
Mas eu pensei que o amor só fosse alegria
Nunca imaginava que amando
Fosse infeliz algum dia
[Verso 4]
Passei os dias indo visitar a minha flor mais doente
Meu coração, cada vez que a via, queimava mais que aguardente
Nem com remédio nem medicamento a menininha melhorava
Cada vez que a pequena me via, de tanto chorar os seus olhos inchavam
Mas foi numa manhã quando eu ia saindo que o irmão trouxe a notícia
A menina já estava morrendo, era pra eu ir com urgência
Cheguei correndo e a pobre ao me ver falou em seu último suspiro
"Nosso amor só está começando agora que eu me retiro"