Projota Renegado Feat Rashid Lyrics
Renegado (feat Rashid) by Projota
Rashid:
Muitas vezes eu me sinto só e indefeso, feito um animal preso
Fazendo peso e só, mais um mano e só em meio a massa
Sendo observado com ódio ou medo como se eu não fosse da mesma raça
O calor, a fumaça arrasa
com a cabeça de quem desde os dez anos de idade é o homem da casa
E sua vontade é nula
Me vejo no alto de uma ponte com o diabo sussurrando: pula pula
A chuva fina sobre o meu capuz
Diz que devo ceder, a escuridão me seduz
A solidão me conduz por entre as faixas
Putas e senhoras com folhetos que falam de Jesus
Vão caixas e mais caixas de canetas não
adiantariam nem curariam minha depressão
Vi com os papelão o sofrimento alheio
me pergunto o que tenho feito de certo pra não tá aí no meio
No seio da nação
Tudo que eu toco vira uma rocha fria, é, eu tenho essa sensação também
Aprendi a carregar meu próprio peso pra não ser um peso a mais nas costas de ninguém
Entendeu? Toda a multidão ao meu redor
Todo esse cinza, todo esse ódio ao meu redor
Cidade vazia, fascinante
Como pra um monstro como eu uma jaula é muito mais aconchegante
Projota:
Pouca gente me olha, acho que por ter medo de olhar
Ou olha de rabo de olho pra me vigiar
Nem olha, nem nota que eu tô lá ou custa perceber
Que bem pior que não olhar é olhar e não ver
Eu sinto muito se eu falo muito e fico calado quando eu tô bolado
Com neguin fardado, cabelo raspado, me cobrando explicação sem ter me explicado porque eu fui parado
E eles vem doido procurando treta
Cai do cavalo quando encontra na mochila caderno e caneta
Ah se ele abrisse o cadernim de rima lá
Doutor Dolittle aqui ia fazer o porco chorar
Um portador do vírus da pobreza
Um vingador da carne que os desgraçado põe na mesa
Não tô defendendo o sangue da galinha
Eu tô cobrando porque tem na mesa deles e não tem na minha
E olha que na minha até tem as vez
Mas vi minha veia comendo pouquim pra sobrar pros outros três
E decidi que minha luta era por ela
E por cada tia agonizando a vida nas favela
E se a gente unisse cada vira-lata vadio
A vida dos cão de raça tava por um fio
Tiraram tudo que é nosso, mas vacilaram
Porque eu tô disposto a dar minha vida, e ela vocês não levaram!
Muitas vezes eu me sinto só e indefeso, feito um animal preso
Fazendo peso e só, mais um mano e só em meio a massa
Sendo observado com ódio ou medo como se eu não fosse da mesma raça
O calor, a fumaça arrasa
com a cabeça de quem desde os dez anos de idade é o homem da casa
E sua vontade é nula
Me vejo no alto de uma ponte com o diabo sussurrando: pula pula
A chuva fina sobre o meu capuz
Diz que devo ceder, a escuridão me seduz
A solidão me conduz por entre as faixas
Putas e senhoras com folhetos que falam de Jesus
Vão caixas e mais caixas de canetas não
adiantariam nem curariam minha depressão
Vi com os papelão o sofrimento alheio
me pergunto o que tenho feito de certo pra não tá aí no meio
No seio da nação
Tudo que eu toco vira uma rocha fria, é, eu tenho essa sensação também
Aprendi a carregar meu próprio peso pra não ser um peso a mais nas costas de ninguém
Entendeu? Toda a multidão ao meu redor
Todo esse cinza, todo esse ódio ao meu redor
Cidade vazia, fascinante
Como pra um monstro como eu uma jaula é muito mais aconchegante
Projota:
Pouca gente me olha, acho que por ter medo de olhar
Ou olha de rabo de olho pra me vigiar
Nem olha, nem nota que eu tô lá ou custa perceber
Que bem pior que não olhar é olhar e não ver
Eu sinto muito se eu falo muito e fico calado quando eu tô bolado
Com neguin fardado, cabelo raspado, me cobrando explicação sem ter me explicado porque eu fui parado
E eles vem doido procurando treta
Cai do cavalo quando encontra na mochila caderno e caneta
Ah se ele abrisse o cadernim de rima lá
Doutor Dolittle aqui ia fazer o porco chorar
Um portador do vírus da pobreza
Um vingador da carne que os desgraçado põe na mesa
Não tô defendendo o sangue da galinha
Eu tô cobrando porque tem na mesa deles e não tem na minha
E olha que na minha até tem as vez
Mas vi minha veia comendo pouquim pra sobrar pros outros três
E decidi que minha luta era por ela
E por cada tia agonizando a vida nas favela
E se a gente unisse cada vira-lata vadio
A vida dos cão de raça tava por um fio
Tiraram tudo que é nosso, mas vacilaram
Porque eu tô disposto a dar minha vida, e ela vocês não levaram!